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A ANGÚSTIA DO ADEPTO NO MOMENTO DAS TRANSFERÊNCIAS

Written By irvan hidayat on Kamis, 22 Juli 2010 | 08.29

Se o período do defeso foi, noutros tempos, uma altura de entusiasmo, se nesses anos, na Luz, a carência de futebol e títulos fazia ansiar por cada nova contratação, a verdade é que hoje, com um grande plantel, com o escudo de campeão nos ombros, o que os benfiquistas mais desejam é que esta interminável abertura de mercado chegue rapidamente ao fim.
Não há que enganar. Muitas saídas de jogadores e o Benfica poderá ver cair por terra todo o trabalho dos últimos anos. Não há milagres, e o passado ensina-nos como é difícil substituir jogadores devidamente integrados e adaptados a um clube, trocando-os por tiros no escuro, como serão fatalmente todas as aquisições feitas sob a pressão da urgência.
Estamos pois a passar por dias em que o futuro próximo do Benfica está em equação, o que causa naturalmente alguma angústia entre os adeptos. Eu, por exemplo, já nem compro os jornais desportivos.
Partilhando essa angústia com os leitores, deixo aqui a minha proposta acerca daquilo que penso poder ser feito, sendo que, obviamente, não domino toda a informação sobre o assunto - como sejam, por exemplo, eventuais negociações com o fundo de jogadores, acordos estabelecidos com empresários ou com a banca, situação de tesouraria e questões afins.
Em primeiro lugar, e ressalvado o que fica do parágrafo anterior, defendo a manutenção de todos os jogadores do actual plantel. O Benfica estará na Liga dos Campeões, e essa é uma oportunidade de valorização que não pode ser desconsiderada. Mais do que isso, é a hegemonia no futebol português que está em causa, e o tal novo ciclo só será uma realidade com a manutenção de uma grande equipa.
A haver mesmo necessidade imperiosa de vender, creio que seria aceitável a cedência de apenas um jogador. Di Maria já saiu, e mais duas perdas fariam, seguramente, abanar os alicerces da equipa, deixando-a cair para níveis competitivos irremediavelmente mais baixos.
Vejamos as situações de cada um dos jogadores para os quais se diz existirem propostas:

LUISÃO – Inegociável ! É o jogador mais importante no plantel, quer pela capacidade técnica (insuperável no jogo aéreo e nas bolas paradas), quer, sobretudo, pela liderança que impõe aos colegas, em particular aos jovens sul-americanos que vão chegando. A sua saída poderia fazer tremer muitos dos equilíbrios que existem actualmente no balneário, e a sua cotação de mercado não cobre, nem se aproxima, da importância que tem para a equipa e para o clube. Se for necessário aumentar-lhe o ordenado, pois que se aumente.

DAVID LUÍZ – Sidnei tarda em afirmar-se, pelo que o desfazer da dupla da época passada se afiguraria problemático. Contudo, julgo que 35 milhões de euros (segundo os jornais, aquilo que o Manchester City ofereceu por ele) seria um valor irrecusável, e obrigaria a ponderar um eventual negócio.
Sendo ainda um jovem, preparando-se para disputar a Liga dos Campeões, o seu passe não deverá desvalorizar tão cedo. Pelo contrário, uma eventual chamada à selecção pode torná-lo ainda mais apetecido pelos principais mercados. Estes são aspectos que apontam para que fique mais uma temporada. Mas, 35 milhões de euros são…35 milhões de euros.

FÁBIO COENTRÃO – Outro que pode valorizar-se ainda mais com a Liga dos Campeões, embora o fantástico Mundial que fez já o tenha colocado em alta.
Apesar da saída de Di Maria ter deixado o corredor esquerdo muito dependente da sua capacidade de verticalizar o jogo, não me chocaria que o Benfica o vendesse, caso houvesse uma proposta muito próxima do valor da cláusula. Mais do que 25 milhões, atendendo a que se trata de um defesa-lateral, seria uma proposta praticamente irrecusável.

RAMIRES –Ao que se diz, é o jogador que estará mais perto da porta da saída. É pena.
Metade do passe já foi alienado (por 6 milhões), pelo que uma eventual cedência dos direitos desportivos não trará uma mais-valia grandemente apelativa.
Acresce que se trata de um jogador muito jovem, cuja presença na Liga dos Campeões poderia fazer inflacionar o valor de mercado, e que, no meu ponto de vista, ainda não terá evidenciado no Benfica todas as suas enormes capacidades.
Tem talento e fulgor para ser o melhor jogador a actuar em Portugal, e, mostrando-o, creio que dentro de um ano poderia atingir uma cotação superior a 30 milhões de euros.
Além do mais, a sua versatilidade táctica oferece soluções ao meio-campo da equipa que mais nenhum outro jogador garante. Pode jogar em todas as quatro posições do centro do terreno, sempre com elevado rendimento. É um craque ainda por explodir, e temo que a sua venda seja precipitada.

CARDOZO – Alguns benfiquistas adoram pontas-de-lança tecnicistas, que fazem fintas, conduzem a bola, "criam espaços", vão à linha, jogam "de costas para a baliza", cumprem "missões de sacrifício", e movimentam-se como bailarinos, como muitos que fazem parte da memória do futebol português. Eu, sinceramente, num ponta-de-lança, não ligo patavina a essas ...inutilidades. Gosto é daqueles que metem as bolas lá dentro, como é raro ver-se…no futebol português.
Em três épocas no Benfica, Óscar Cardozo marcou cerca de 90 golos (!), e é um absurdo (para não dizer outra coisa) pensar-se que qualquer outro o teria feito no seu lugar. No nosso campeonato, em muitos anos, só Jardel fez melhor, pelo que "Tacuara" é, seguramente, um dos melhores avançados que passou por Portugal em muitos anos.
Pelo que acabo de dizer, julgo que o paraguaio seria extremamente difícil de substituir no plantel encarnado, pois um jogador com as suas características - de último toque, de sentido de oportunidade, de aproveitamento do espaço, de violência de remate, de eficácia, sobretudo numa equipa ofensiva, o que não era o caso da sua selecção - não existe em Portugal, é caríssimo na Europa, e muito difícil de encontrar no mercado sul-americano.
Kardec marcou uns golos na pré-época? É verdade, mas quando chegar (se alguma vez chegar) aos noventa, então podemos discutir se é um substituto para Cardozo. Para já, não nos precipitemos: continua a ser apenas uma esperança.
A saída de Cardozo obrigaria pois, necessariamente, à contratação de mais um avançado. Se esse avançado fosse, como queria Jorge Jesus, o holandês Huntelaar, então encantados da vida. Acontece que eu não acredito nessa possibilidade (nem noutra de idêntica qualidade), e o que vejo diante de mim, caso Cardozo saia, é um enorme vazio na frente de ataque, um regresso às oportunidades falhadas, à falta de pontaria e eficácia, tantas vezes confundida, no passado, com falta de sorte.
Por menos de 35 milhões de euros, nunca libertaria Cardozo. E se ele exigir um aumento, também não vejo motivos para o negar. É ele que marca os golos, e isso é argumento mais do que suficiente para ser uma das bandeiras da equipa e do clube.

CONCLUSÃO: Se pudesse, não vendia ninguém, e entendo que deve ser feito um esforço, tão grande quanto possível, nesse sentido.
Se razões fortes (tesouraria ou outras) me obrigassem, vendia um, e só um, jogador. Qual? Dependia das propostas, mas atendendo aos valores que se vão ouvindo e lendo, talvez um de dois: David Luíz (35 M) ou Fábio Coentrão (25M), porventura os que, estando num pico de valorização, mais fáceis seriam de substituír recorrendo ao mercado.
Esta é a minha opinião, que não vale absolutamente nada. Mas espero que a opinião de Jorge Jesus seja ouvida antes de qualquer decisão relativamente a esta matéria.
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