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ALGUM FUTEBOL, UMA TAÇA E UMA DOR DE CABEÇA

Written By irvan hidayat on Senin, 19 Juli 2010 | 03.42

Três factores contribuem para que esta pré-temporada me esteja a entusiasmar muito pouco:
1) a ressaca do Mundial vivido intensamente, com os seus 64 jogos em 30 dias;
2) a consequente ausência de alguns dos principais jogadores, ainda no gozo das suas férias;
3) e por fim a agradável situação de não haver grandes novidades no Benfica, nem quanto a equipa técnica e respectivo modelo de jogo, nem, para já, salvo dois ou três casos particulares, quanto a jogadores.
Acrescentaria ainda que o mês de Julho traz com ele o Tour, prova ciclista que me apaixona e absorve, ano após ano, desde a infância, deixando pouco espaço para uma actualidade futebolística marcada pela ausência total de competição a sério.
Assim, e como não me pagam para isto, devo confessar que dos cinco jogos disputados até agora pelo Benfica, vi apenas uma parte significativa do Aris de Salónica (cerca de 70 minutos) e a totalidade deste último diante do V.Guimarães. Dos outros, apenas resumos.
Não tendo pois, teoricamente, uma base suficientemente sólida para falar, há um dado que é inelutável: por muito que se diga e escreva, uma equipa amputada de Maxi Pereira, Luisão, Fábio Coentrão, Ramires e Óscar Cardozo não é, nem pode ser, o verdadeiro Benfica, aquele que nos encantou durante a última temporada. Qualquer análise terá de se submeter a esse pano de fundo, o que significa que, tal como eu, mesmo quem tenha visto todos os jogos dificilmente terá condições para acrescentar muita coisa relativamente àquilo que pode ser o Benfica 2010-11.
Conforme disse acima, não creio contudo que existam quaisquer novidades relativamente ao sistema táctico, e modelo de jogo, apresentado por Jorge Jesus. A filosofia é a mesma, mudando apenas, conjunturalmente, algumas figuras, nas posições que os mundialistas têm deixado por preencher. Posse de bola, jogo pelos flancos, pressão constante são as marcas que este Benfica sempre tenta impor, e que nos dois jogos que vi valeram nada menos que nove golos e o primeiro troféu da época.
Como sinal positivo destacaria a prestação de um jogador que, acredito, pode explodir nesta nova temporada: Alan Kardec. Já tinha deixado boas indicações sempre que foi chamado, e tem aproveitado muito bem a ausência de Cardozo para mostrar tratar-se de uma opção credível, e goleadora. Se lhe juntarmos as boas indicações dadas pelo reforço Franco Jara, e não vier a sair ninguém, temos o ataque do Benfica totalmente resolvido, e bem resolvido, com boas e variadas opções.
Também Carlos Martins, Airton, e a novidade Gaitán (muito boa técnica, velocidade e capacidade de passe) tem estado em plano de destaque, com o médio brasileiro a ameaçar seriamente a titularidade de Javi Garcia. Aimar e Saviola têm igualmente mostrado índices físicos apreciáveis.
Os problemas da equipa situam-se mais atrás.
Se, por um lado, as ausências dos titulares (três dos quatro habituais defesas) muito se têm feito notar, por outro, o guarda-redes Roberto tarda em afirmar-se, e vai confirmando, jogo a jogo, as piores expectativas, tornando-se um “caso” nesta pré-temporada benfiquista.
Será problemático para o Benfica continuar a sofrer três golos por jogo, como sofreu neste torneio de Guimarães, pois nem sempre irá marcar cinco. Dos golos sofridos nos dois jogos, três têm a marca pessoal de Roberto, o que significa que, dos nove golos encaixados em toda a pré-época, cinco (mais de metade) deveram-se a erros do espanhol. É demais.
Não vou crucificar o jogador, mas questiono se não seria aconselhado proteger um pouco a sua integração, dando algum espaço a Júlio César e Moreira neste tipo de jogos.
Seja como for, temo que o Benfica, que, quanto a mim, com Quim, não tinha qualquer problema na baliza (recordo que nas competições perdidas, Taça e Liga Europa, não era o minhoto que estava entre os postes), o tenha agora, oito milhões e meio de euros depois. É que, ao contrário de muitos benfiquistas, não acredito, nunca acreditei, que existissem por aí, ao virar da esquina, guarda-redes com o perfil que muitos vulgarmente apontam, daqueles que “valem pontos”, agarram todos os cruzamentos, e não cometem erros, ou seja, perfeitos. Preud’Homme foi único (porventura o melhor em toda a história do clube) veio cá parar por acaso, em fim de carreira, e hoje, os que se lhe comparam são Casillas, Buffon, Cech, e mais dois ou três. Estão, obviamente, inacessíveis, e todos os outros são, nas melhores das hipóteses, como…Quim (discretos e regulares). Terá sido este também o erro de análise da SAD encarnada? O futuro dirá.
No sábado lá estarei, para matar saudades do Estádio da Luz, e do futebol ao vivo. Esse sim, há algum tempo que não vejo.
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