
Aconteceu pela primeira vez no V.Guimarães-FC Porto, e voltou a repetir-se neste Benfica-Marítimo. Uma equipa é prejudicada, e os responsáveis da outra apressam-se a queixar-se, fazendo-o com a veemência suficiente para que as suas alegações pareçam verdadeiras. Primeiro foi André Villas-Boas a vociferar por um jogo onde o grande erro do árbitro tinha sido um penálti perdoado ao FC Porto. Agora foi Pedro Martins, queixando-se de uma arbitragem que também não viu um penálti contra a sua equipa, e afirmando que os juízes não souberam resistir á pressão do estádio, quando se assistira, pouco antes, precisamente a um golo anulado ao Benfica já nos descontos, em lance, no mínimo, merecedor de algumas dúvidas, pelo menos num primeiro visionamento. Não sei pois o que significaria, no entendimento dele, resistir à pressão do estádio.
É verdade que o Marítimo já foi muito prejudicado neste campeonato. Andou durante semanas a pagar a ousadia do seu presidente no caso Kleber. Mas neste jogo, se existem razões de queixa (e existem), elas são do lado do Benfica.
O que aconteceu depois da partida terminar está a servir para, uma vez mais, a partir do nada se fazer um caso. Discussões daquelas surgem em todos os campos, desde a Liga dos Campeões aos Distritais. Nem sequer se sabe o que cada um dos intervenientes disse, nem o que motivou os desentendimentos. Confundir aquilo com agressões selváticas a pontapé dentro de túneis é confundir a estrada da beira com a beira da estrada. O grande caso deste Benfica-Marítimo foi um penálti que ficou por marcar ainda na primeira parte, com o qual o jogo poderia ter sido totalmente diferente, e muito menos desgastante para a equipa da Luz. Já o grande caso do Benfica-Nacional havia sido, se nos recordarmos, um penálti que então ficou por assinalar sobre Sálvio, no lance que antecedeu o primeiro golo. São estes, a juntar a muitos outros, os casos do nosso campeonato. São estes, a juntar a muitos outros, os casos que fazem deste campeonato o mais subvertido desde que o "Apito Dourado" se tornou do conhecimento público.
OLHANENSE-FC PORTO
Não vi o jogo, nem sequer vi resumos. No sábado, quando me dirigia para uma sala de cinema para ver o último filme do Woody Allen, passei por um ecrã de televisão onde se via a repetição do segundo golo. Foi a única imagem que vi da partida, mas, pelo que sei, não existiram casos graves.
Resultado Real: 0-3
BENFICA-MARÍTIMO
Já falei do penálti, que me parece óbvio. É verdade que o jogador está de costas, mas o movimento que faz com o braço é claramente no sentido de tentar interceptar a bola.
Aceito o golo anulado, embora sublinhe que noutros estádios seria difícil tomar tal decisão, aos 91 minutos, com o jogo empatado. Na Luz, pelo que se vê, acontece todos os anos.
Poderei acrescentar que o cartão amarelo a Aimar é ridículo (o lance deveria ter originado, sim, um livre perigosíssimo a favor do Benfica), e que foi poupada a expulsão de um madeirense perto dos 60 minutos, por o respectivo segundo amarelo ter ficado no bolso.
Nota ainda para as palhaçadas constantes de Djalma, mostrando que já deve ter tido algumas lições de comportamento “à Porto”.
Resultado Real: 3-1
NACIONAL-SPORTING
Não sei se continua a valer a pena falar dos jogos do Sporting, quando nem os seus próprios adeptos já os vêem. Digo todavia que o golo do Nacional me pareceu irregular, muito embora as imagens sejam bastante difíceis de analisar devido ao nevoeiro. O penálti foi bem assinalado, e o lance entre Torsiglieri e Mateus parece-me consubstanciar a tradicional carga de ombro.
Resultado Real: 0-0
CLASSIFICAÇÃO REAL
BENFICA 58
FC Porto 53
Sporting 28
O top-erro também segue sem alterações:
1º SPORTING-V.GUIMARÃES (11ª jornada) Golo fantasma concedido pelo árbitro auxiliar, num lance em que a bola bate apenas na trave, e em que o guarda-redes vimaranense é empurrado, ele sim, para dentro da baliza. Resultado na altura: 1-0 Resultado final: 2-3
2º RIO-AVE-FC PORTO (3ª jornada) Rasteira clara de Álvaro Pereira a um avançado do Rio Ave dentro da área, a que Jorge Sousa fez vista grossa. Resultado na altura: 0-1 Resultado final: 0-2
3º FC PORTO-V.SETÚBAL (13ª jornada) Falcão mergulha para a relva no interior da área, e o diligente Elmano Santos aponta para a marca de penálti, a um minuto do intervalo. Resultado na altura: 0-0 Resultado final: 1-0
2º RIO-AVE-FC PORTO (3ª jornada) Rasteira clara de Álvaro Pereira a um avançado do Rio Ave dentro da área, a que Jorge Sousa fez vista grossa. Resultado na altura: 0-1 Resultado final: 0-2
3º FC PORTO-V.SETÚBAL (13ª jornada) Falcão mergulha para a relva no interior da área, e o diligente Elmano Santos aponta para a marca de penálti, a um minuto do intervalo. Resultado na altura: 0-0 Resultado final: 1-0
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