
Do outro lado da balança sempre vi um homem sério e vertical, e um treinador exigente, rigoroso e competente. Não necessariamente um mago da táctica, mas antes um líder, um disciplinador e um motivador, dono de um discurso inteligente e determinado, aspectos que foram sustentando a minha profunda admiração por ele, a qual nunca aqui escondi.
O seu trajecto em Alvalade foi brilhante. Com plantéis medíocres, conseguiu presenças sucessivas na Champions League, vitórias na Taça de Portugal, na Supertaça, e por pouco não chegou ao título nacional. Estranhamente foi objecto de uma contestação interna que acabou por tornar inevitável a sua saída - momento que, enquanto benfiquista, vivi com alívio e satisfação.
No pós-Scolari, foi precisamente o seu nome que eu apontei para a equipa das quinas. Antes de Jorge Jesus, cheguei também a sugeri-lo para o Benfica. A escolha agora assumida pela FPF vai pois totalmente de encontro ao meu agrado.
Não espero milagres. A situação da selecção nacional é aflitiva, e não existe nenhum treinador no mundo que possa, num passo de mágica, garantir o apuramento para o Euro 2012. Acredito, todavia, que a partir de agora a equipa “de todos nós” terá condições para se tornar mais coesa e mais competitiva, podendo assim voltar a dar-se ao respeito e à admiração dos portugueses.
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