AINDA O SORTEIO
Escrevendo a quente, a minha primeira reacção ao sorteio do Mónaco foi, como perceberam, de alguma felicidade. Talvez influenciado pelo factor Lyon – única equipa do pote 1 que abria algumas possibilidades de pontuar -, olhei para o grupo, e pareceu-me que as coisas podiam ter sido bem piores.
De facto podiam, mas mais a frio, e melhor documentado, tenho de confessar alguma preocupação com o equilíbrio que este grupo traz - o que para quem estava no pote 2 não é, necessariamente, uma boa notícia.
O Schalke 04 era, à excepção do Tottenham, o pior adversário que podia ter saído do terceiro lote de equipas. É vice-campeão alemão, tem o guarda-redes titular da selecção germânica (e um dos melhores, senão o melhor, do último Mundial), tem elementos capazes de desequilibrar no meio-campo e no ataque, contratou Raul (o melhor goleador de sempre da história da Champions, e ainda com muito para dar ao futebol), e eliminou o FC Porto há relativamente pouco tempo. Não é o Bayern de Munique, mas também não anda lá muito longe. Aqui, no pote 3, o Benfica não foi nada feliz.
O Hapoel é menos conhecido, mas nem por isso deixará de ser uma equipa difícil. Além do mais, obriga a uma viagem longa, e a jogar num estádio pequeno e de ambiente tremendamente hostil. O pior que o Benfica poderá fazer será desvalorizar este adversário, que até nem é propriamente um novato nas competições europeias. O primeiro jogo, com esta equipa israelita na Luz, deverá assim ser encarado como uma final, pois qualquer perspectiva de apuramento passa por essa indispensável vitória.
LIGA EUROPA
O Sporting está de parabéns pelo seu triunfo na Dinamarca. Mas de épica, esta jornada apenas tem os números.
O que se passou foi a simples manifestação de uma anunciada superioridade sobre um adversário de terceira linha, e o cumprimento, in-extremis, da obrigação de entrar na fase de grupos da Liga Europa. Esse apuramento foi concretizado com dificuldades que ninguém ousaria prever, fruto precisamente das insuficiências manifestadas pelo Sporting no jogo de Lisboa.
Mesmo nesta partida da Dinamarca, a exibição leonina foi tudo menos convincente. O conjunto de Paulo Sérgio viu-se bafejado pela sorte suprema de um golo obtido no último minuto da primeira parte, outro no último minuto da segunda, beneficiando pelo meio de um enorme frango do guarda-redes adversário, depois de sofrer longos minutos de total sufoco junto da baliza de Rui Patrício (mais uma vez o melhor em campo).
É claro que duas vitórias consecutivas ao minuto noventa dão moral a qualquer equipa. Isso mesmo vai ser explorado por responsáveis e adeptos do clube de Alvalade. Mas querer comparar este triunfo com (por exemplo) o do Braga em Sevilha, é comparar a beira da estrada com a estrada da beira.
HLEB
É dado como próximo do Benfica, e creio tratar-se de uma boa solução.
Lembro-me dele no Arsenal, onde mostrou um enorme talento. O sistema de jogo do Barcelona não o favorecia, e acabou emprestado ao Estugarda.
Se puder voltar a apresentar o nível que o notabilizou em Londres, estamos perante um grande reforço.
ROBERTO
Independentemente do valor que possa ter (que eu ainda lhe não vi, e do qual, como sabem, sempre desconfiei), não existe margem para arriscar mais na sua utilização.
O jogo com o V.Setúbal é crucial para a temporada do Benfica, e nova falha do guarda-redes espanhol poderá comprometer, inclusivamente, a própria imagem do treinador (até agora, salvo um artigo de Fernando Guerra, quase intacta), o que seria dramático para a equipa e para o clube. Mesmo que injustamente, novo erro de Roberto já não será atirado para cima dele, mas sim para cima de…Jorge Jesus, ou até para andares superiores. Isto é, sabendo-se como o mundo do futebol é volátil, e como o coração dos adeptos fervilha de emotividades pouco ponderadas, o risco que está sobre a mesa é o de deitar fora a criança juntamente com a água do banho.
Feche-se, portanto, desde já a torneira, e salvaguarde-se a tranquilidade do atleta e o investimento nele efectuado (um empréstimo para o mercado espanhol seria o ideal) retirando-o da baliza do Benfica. Neste momento, ou o Benfica 2010-2011 “mata” rapidamente Roberto, ou corre o risco de por ele ser “morto”. Não vejo aqui terceiras vias.
V.SETÚBAL
Para além de Roberto, também Javi Garcia, Ruben Amorim têm estado francamente mal. Para este jogo, seriam eles, quanto a mim, os sacrificados.
Cardozo e David Luíz não têm alternativas à altura, pelo que, apesar do fraco rendimento que têm apresentado, terão de continuar no onze titular.
Eis a minha equipa:
Escrevendo a quente, a minha primeira reacção ao sorteio do Mónaco foi, como perceberam, de alguma felicidade. Talvez influenciado pelo factor Lyon – única equipa do pote 1 que abria algumas possibilidades de pontuar -, olhei para o grupo, e pareceu-me que as coisas podiam ter sido bem piores.
De facto podiam, mas mais a frio, e melhor documentado, tenho de confessar alguma preocupação com o equilíbrio que este grupo traz - o que para quem estava no pote 2 não é, necessariamente, uma boa notícia.
O Schalke 04 era, à excepção do Tottenham, o pior adversário que podia ter saído do terceiro lote de equipas. É vice-campeão alemão, tem o guarda-redes titular da selecção germânica (e um dos melhores, senão o melhor, do último Mundial), tem elementos capazes de desequilibrar no meio-campo e no ataque, contratou Raul (o melhor goleador de sempre da história da Champions, e ainda com muito para dar ao futebol), e eliminou o FC Porto há relativamente pouco tempo. Não é o Bayern de Munique, mas também não anda lá muito longe. Aqui, no pote 3, o Benfica não foi nada feliz.
O Hapoel é menos conhecido, mas nem por isso deixará de ser uma equipa difícil. Além do mais, obriga a uma viagem longa, e a jogar num estádio pequeno e de ambiente tremendamente hostil. O pior que o Benfica poderá fazer será desvalorizar este adversário, que até nem é propriamente um novato nas competições europeias. O primeiro jogo, com esta equipa israelita na Luz, deverá assim ser encarado como uma final, pois qualquer perspectiva de apuramento passa por essa indispensável vitória.
LIGA EUROPA
O Sporting está de parabéns pelo seu triunfo na Dinamarca. Mas de épica, esta jornada apenas tem os números.
O que se passou foi a simples manifestação de uma anunciada superioridade sobre um adversário de terceira linha, e o cumprimento, in-extremis, da obrigação de entrar na fase de grupos da Liga Europa. Esse apuramento foi concretizado com dificuldades que ninguém ousaria prever, fruto precisamente das insuficiências manifestadas pelo Sporting no jogo de Lisboa.
Mesmo nesta partida da Dinamarca, a exibição leonina foi tudo menos convincente. O conjunto de Paulo Sérgio viu-se bafejado pela sorte suprema de um golo obtido no último minuto da primeira parte, outro no último minuto da segunda, beneficiando pelo meio de um enorme frango do guarda-redes adversário, depois de sofrer longos minutos de total sufoco junto da baliza de Rui Patrício (mais uma vez o melhor em campo).
É claro que duas vitórias consecutivas ao minuto noventa dão moral a qualquer equipa. Isso mesmo vai ser explorado por responsáveis e adeptos do clube de Alvalade. Mas querer comparar este triunfo com (por exemplo) o do Braga em Sevilha, é comparar a beira da estrada com a estrada da beira.
HLEB
É dado como próximo do Benfica, e creio tratar-se de uma boa solução.
Lembro-me dele no Arsenal, onde mostrou um enorme talento. O sistema de jogo do Barcelona não o favorecia, e acabou emprestado ao Estugarda.
Se puder voltar a apresentar o nível que o notabilizou em Londres, estamos perante um grande reforço.
ROBERTO
Independentemente do valor que possa ter (que eu ainda lhe não vi, e do qual, como sabem, sempre desconfiei), não existe margem para arriscar mais na sua utilização.
O jogo com o V.Setúbal é crucial para a temporada do Benfica, e nova falha do guarda-redes espanhol poderá comprometer, inclusivamente, a própria imagem do treinador (até agora, salvo um artigo de Fernando Guerra, quase intacta), o que seria dramático para a equipa e para o clube. Mesmo que injustamente, novo erro de Roberto já não será atirado para cima dele, mas sim para cima de…Jorge Jesus, ou até para andares superiores. Isto é, sabendo-se como o mundo do futebol é volátil, e como o coração dos adeptos fervilha de emotividades pouco ponderadas, o risco que está sobre a mesa é o de deitar fora a criança juntamente com a água do banho.
Feche-se, portanto, desde já a torneira, e salvaguarde-se a tranquilidade do atleta e o investimento nele efectuado (um empréstimo para o mercado espanhol seria o ideal) retirando-o da baliza do Benfica. Neste momento, ou o Benfica 2010-2011 “mata” rapidamente Roberto, ou corre o risco de por ele ser “morto”. Não vejo aqui terceiras vias.
V.SETÚBAL
Para além de Roberto, também Javi Garcia, Ruben Amorim têm estado francamente mal. Para este jogo, seriam eles, quanto a mim, os sacrificados.
Cardozo e David Luíz não têm alternativas à altura, pelo que, apesar do fraco rendimento que têm apresentado, terão de continuar no onze titular.
Eis a minha equipa:
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