
Infelizmente não posso dizer o mesmo dos seus comentadores de futebol, que, mais do que tendenciosos, me parecem globalmente incompetentes, monocórdicos e mal preparados, pecado que, diga-se, acompanha a estação desde os seus primeiros tempos.
Os relatos são tão enfadonhos que, quando não se trata da nossa equipa, põem a dormir qualquer um. Os repórteres alternam perguntas absolutamente idiotas, com insistências mal-educadas que, aqui e ali, já mereceram reparos de todos os quadrantes. Os convidados são escolhidos por critérios que ninguém percebe, e se por vezes surpreendem pela positiva (Paulo Bento no Mundial), na maioria dos casos perdem-se na mediocridade. Para não destoar, os comentadores residentes são de uma pobreza que manifestamente não se coaduna com a importância da estação no panorama desportivo nacional.
O episódio do Algarve é o corolário lógico desta insuficiência, mostrando ao país um grupo de indivíduos que, ao invés de profissionais pagos para servir o espectador, mais pareciam pândegos a divertirem-se à custa dele. O desconhecimento revelado sobre o Sunderland é assustador para quem ganha a vida a fazer comentários de futebol (inclusivamente da Premier League), e a forma como se referiram ao guarda-redes, e ao treinador, do Benfica é insultuosa e absolutamente inadmissível, indo de encontro a um anti-benfiquismo que parece reinar naquela casa (como noutras).
Não sou jurista, pelo que não sei que consequências poderá ter este episódio na relação comercial entre o clube da Luz e a Sport Tv. Mas a verdade é que a estação de Joaquim Oliveira sai, pelo menos, envergonhada do caso. Numa altura em que 2013 se aproxima a passos largos, Rui Pedro Rocha, Jorge Goulão e o insuportável Pedro Henriques deram um valente tiro nos pés, e na credibilidade da empresa que lhes paga.
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