Com a lei Bosman as diferenças entre os campeonatos europeus acentuaram-se, e a vida tornou-se manifestamente mais difícil para os clubes de países semi-periféricos como Portugal.
Multinacionais riquíssimas, com planteis de luxo, passaram a discutir entre si o protagonismo internacional, e só episodicamente esse predomínio foi posto em causa. O FC Porto de Mourinho foi um exemplo, o Benfica de Jesus não o conseguiu ser. Duas grandes equipas, dois contextos diferentes.

Para um clube português (ou grego, ou turco, ou holandês) romper a hierarquia estabelecida, será necesário responder a quatro condições fundamentais:
1) ter uma grande equipa e um grande treinador;
2) ter sorte nos sorteios, evitando os mais perigosos adversários, e esperando que eles se eliminem entre si;
3) ter total disponibilidade física e anímica para enfrentar o desafio europeu, o que pressupõe a possibilidade de aligeirar a frente doméstica (quer fruto de uma larga vantagem pontual, quer, pelo contrário, por estar fora da respectiva corrida);
4) ter sorte nos momentos decisivos das partidas contra os mais difíceis adversários.
O FC Porto de José Mourinho dispôs de todas estas permissas a seu favor, o Benfica de Jorge Jesus só conseguiu a primeira. Um ganhou a Taça Uefa e a Liga dos Campeões, outro ficou, para já, pelos quartos-de-final da Liga Europa.
0 komentar:
Posting Komentar