A forma desgarrada, resignada e incapaz como o FC Porto foi goleado pelo Sporting ilustra bem o fim de ciclo que até no interior da equipa se sentirá. Jesualdo Ferreira tem a porta da saída escancarada (Domingos espreita), e Pinto da Costa está já fora do prazo de validade. Mas, mais do que isso, o plantel portista não tem hoje matéria-prima capaz de corresponder às expectativas dos seus adeptos, e a força da concorrência (leia-se, Benfica) deixa pouco espaço e pouco tempo para reequilibrar as coisas.

Ruben Micael, Falcão e Varela. São estes os grandes jogadores deste FC Porto, ainda assim com rendimento intermitente. Para lá destas excepções reina a mediocridade. Ora por via da falta de qualidade de alguns elementos (Tomás Costa, Álvaro Pereira, Rolando, Guarin etc), ora por via da abrupta e continuada quebra de forma de outros (Meireles é, neste particular, o caso mais aflitivo, mas também Bruno Alves dá mostras de decadência). O que é certo é que desde as saídas de Lucho e Lisandro não mais o FC Porto conseguiu três jogos seguidos em alto rendimento. A equipa mantém a sua musculatura de laboratório, mas aparece agora inchada, sem mobilidade, nem criatividade. Está fora do título, está longe da Champions do próximo ano (e não fora um árbitro amigo estaria também eliminada na edição corrente). A sua época estará em breve limitada à possibilidade de tentar atrapalhar o Benfica na penúltima jornada.
Depois de campeonatos ganhos pela arbitragem (até 2004), e de campeonatos ganhos por via de estranhas facilidades concedidas pelos adversários, um certo FC Porto morreu em Alvalade.
O enterro está para breve. Paz à sua alma!
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