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CARNAVAL DE SÉRIE X

Written By irvan hidayat on Senin, 07 Maret 2011 | 03.22

A quem (como eu) já há muito não acreditava no título, esta derrota do Benfica, per si, não incomodou particularmente, nem, muito menos, pôde servir para beliscar a confiança na equipa face aos compromissos que ainda tem pela frente. A longa série vitoriosa teria de terminar um dia, o jogo de Braga era à partida um dos mais difíceis, e retirar o título de vez das cabeças de jogadores, técnicos, dirigentes e adeptos, pode até trazer consequências positivas no futuro próximo - designadamente ao nível da necessária concentração de energias na frente europeia, onde creio existir uma oportunidade efectiva de escrever história.
O que era dispensável é que fosse uma vez mais a arbitragem a empurrar o Benfica para longe do primeiro lugar. É verdade que Roberto voltou a errar, mas foi Carlos Xistra o homem mais em foco no desfecho deste jogo, de par com um árbitro assistente de simpatias já bem conhecidas. Ironicamente, a luta pelo campeonato nacional acaba por terminar para o Benfica da mesma forma que havia começado: erros de Roberto a iludir arbitragens desavergonhadamente hostis.
Sabe-se que todo o cortejo anti-benfiquista vai agora rejubilar, e que as queixas em relação ao árbitro vão ser escarnecidas, e tomadas como desculpas de mau perdedor. O que é facto é que o Benfica averbou 5 derrotas neste campeonato, e em 4 delas houve clara influência dos árbitros. Quem não se queixaria de uma coisa assim?
A falta que origina o empate é, como todos já viram (decerto o próprio Xistra também), assinalada ao contrário. Poderia ter sido um simples erro de análise, condicionado pela pressão do banco bracarense, e pelo inqualificável teatro de Alan (matéria em que os jogadores do Braga se têm vindo a especializar, fazendo lembrar a escola do seu treinador). Mas onde se percebeu claramente que o campo estaria inclinado, e que havia um intuito claro de resolver neste domingo a questão do título, foi no critério disciplinar. Xistra expulsou injustamente Javi Garcia naquele lance, mas mostrou também cartões amarelos perfeitamente ridículos a jogadores do Benfica (veja-se o de Luisão), permitindo, por outro lado, total impunidade aos bracarenses, nomeadamente a Kaká, Hugo Viana e Sílvio, que só com a protecção do juiz albicastrense não foram mais cedo para os balneários. Se juntarmos dois foras-de-jogo duvidosos assinalados a Cardozo e Jara (o segundo talvez se aceite, mas no primeiro o avançado encarnado está em linha), e uma falta incrivelmente assinalada a Saviola num lance em que se isolava para rematar, temos um conjunto de erros capaz de se traduzir numa arbitragem verdadeiramente carnavalesca.
Lamento também que o fim do ciclo de vitórias tenha terminado precisamente perante esta equipa minhota. O Sp.Braga (que, diga-se, utilizou nesta partida 8 jogadores com ligações passadas, presentes ou futuras a FC Porto e Sporting), não sei se por acção directa de António Salvador, se de Domingos Paciência, ou simplesmente devido à corja de delinquentes que constitui grande parte da sua massa adepta, tem vindo a tornar-se num emblema particularmente antipático. Desde a pressão sobre o árbitro – durante a semana, e durante o jogo -, à violência nas bancadas; desde a agressividade extrema posta em campo contra o Benfica (sobretudo se fizermos a analogia dos jogos ante outros adversários), às constantes simulações de agressão; desde as provocações e intimidação de jogadores, dirigentes e adeptos, às declarações cínicas do treinador, tudo tem servido ao Sp.Braga (que na quinta-feira terá certamente aquilo que merece) para hostilizar o Benfica. Este tipo de comportamento, que se vê apenas no Axa e no Dragão, é algo que terá de merecer da comunicação social (já nem falo dos poderes do futebol) outro tipo de tratamento. Os jogadores do Benfica não têm obrigação de suportar mais isto, nem são pagos para levar com bolas de golfe na cabeça. Há limites para tudo, e estes há muito que foram ultrapassados. Mas isso é matéria para desenvolver noutro texto.
Por agora fica apenas o alívio de este deslocação ter terminado sem lesões entre os benfiquistas, de não ter havido mortes nem traumatismos cranianos, e de Jorge Jesus ter tido o bom senso e o pragmatismo de privilegiar a preparação do jogo europeu, tal como eu tinha aqui defendido.
Agora é simples: apostar todas as fichas na Liga Europa até à semana da Páscoa (altura em que terão lugar, quer a segunda mão da meia-final da Taça de Portugal, quer a final da Taça da Liga), de modo a que, por esses dias, a presença nas meias-finais europeias possa ser também já ela uma realidade. Isto acreditando que na Liga Europa não haja Xistras, Benquerenças, transfusões sanguíneas, nem bolas de golfe.
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