
O que era dispensável é que fosse uma vez mais a arbitragem a empurrar o Benfica para longe do primeiro lugar. É verdade que Roberto voltou a errar, mas foi Carlos Xistra o homem mais em foco no desfecho deste jogo, de par com um árbitro assistente de simpatias já bem conhecidas. Ironicamente, a luta pelo campeonato nacional acaba por terminar para o Benfica da mesma forma que havia começado: erros de Roberto a iludir arbitragens desavergonhadamente hostis.
Sabe-se que todo o cortejo anti-benfiquista vai agora rejubilar, e que as queixas em relação ao árbitro vão ser escarnecidas, e tomadas como desculpas de mau perdedor. O que é facto é que o Benfica averbou 5 derrotas neste campeonato, e em 4 delas houve clara influência dos árbitros. Quem não se queixaria de uma coisa assim?
A falta que origina o empate é, como todos já viram (decerto o próprio Xistra também), assinalada ao contrário. Poderia ter sido um simples erro de análise, condicionado pela pressão do banco bracarense, e pelo inqualificável teatro de Alan (matéria em que os jogadores do Braga se têm vindo a especializar, fazendo lembrar a escola do seu treinador). Mas onde se percebeu claramente que o campo estaria inclinado, e que havia um intuito claro de resolver neste domingo a questão do título, foi no critério disciplinar. Xistra expulsou injustamente Javi Garcia naquele lance, mas mostrou também cartões amarelos perfeitamente ridículos a jogadores do Benfica (veja-se o de Luisão), permitindo, por outro lado, total impunidade aos bracarenses, nomeadamente a Kaká, Hugo Viana e Sílvio, que só com a protecção do juiz albicastrense não foram mais cedo para os balneários. Se juntarmos dois foras-de-jogo duvidosos assinalados a Cardozo e Jara (o segundo talvez se aceite, mas no primeiro o avançado encarnado está em linha), e uma falta incrivelmente assinalada a Saviola num lance em que se isolava para rematar, temos um conjunto de erros capaz de se traduzir numa arbitragem verdadeiramente carnavalesca.

Por agora fica apenas o alívio de este deslocação ter terminado sem lesões entre os benfiquistas, de não ter havido mortes nem traumatismos cranianos, e de Jorge Jesus ter tido o bom senso e o pragmatismo de privilegiar a preparação do jogo europeu, tal como eu tinha aqui defendido.
Agora é simples: apostar todas as fichas na Liga Europa até à semana da Páscoa (altura em que terão lugar, quer a segunda mão da meia-final da Taça de Portugal, quer a final da Taça da Liga), de modo a que, por esses dias, a presença nas meias-finais europeias possa ser também já ela uma realidade. Isto acreditando que na Liga Europa não haja Xistras, Benquerenças, transfusões sanguíneas, nem bolas de golfe.
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