
Poderei lembrar que aprecio os números do negócio (sobretudo face à actual crise, e tendo em conta que se trata de um defesa), e acrescentar que o Benfica fez o que podia para o tornar o mais proveitoso possível.
Os grandes jogadores fazem falta ao presente, mas o dinheiro faz falta ao futuro. A equipa ficará, no curto prazo, mais fraca, mas acredito que o clube fique mais forte para encarar as próximas temporadas.
Se quanto à tesouraria estamos conversados, quanto ao centro da defesa creio que esta será a hora para Sidnei se afirmar. Trata-se de um jovem com grande talento, e que tem agora o espaço para crescer. Para já, julgo ser ele o primeiro candidato à vaga em aberto, e, nas mãos de Jorge Jesus, não me admiro de dentro de dois ou três anos poder vir a ser também objecto de uma transferência milionária.

Jogadores como Liedson (ou no Benfica, por exemplo, Luisão) não se vendem. São elementos cujo valor desportivo é ainda muito superior à cotação que já não têm no mercado, pelo que a sua falta na equipa não é compensada pela parca quantia que os outros clubes estão dispostos a pagar por eles.
Acresce que o Sporting não tem, no seu plantel, alternativas de qualidade ao “levezinho”, nem se preparou, nesta abertura de mercado, para o perder. O ataque dos leões irá agora ficar entregue ao imberbe Saleiro e aos irregulares Hélder Postiga e Yannick Djaló, o que me parece ser muito pouco para as ambições do clube.
Terá havido uma tentativa de contratar Kléber, mas a proposta feita ao Atlético Mineiro foi humilhantemente considerada ridícula pelo presidente do clube brasileiro (já há muito comprometido com o FC Porto, como aliás parece acontecer com Djalma, também ele alvo do interesse do Sporting). Cristiano é bom jogador mas, além de não ser um ponta-de-lança, tem atrás de si um passado profissional demasiado problemático, conflituoso e indisciplinado para o tomar como uma aposta segura.
Ou seja, tal como acontecera com a saída de João Moutinho no Verão, o Sporting fica agora substancialmente mais enfraquecido com o adeus do seu maior goleador dos últimos anos. E neste caso sem nada, ou quase nada, em troca.
Liedson sai do Sporting sem nunca ter sido campeão nacional, apesar dos quase duzentos golos que marcou, e de ter sustentado a equipa, quase sozinho, durante anos.
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