
Júlio César foi o primeiro a brilhar, defendendo um penálti de João Tomás. Escreveu-se direito por linhas tortas, pois a falta não tinha existido. O que é certo é que essa defesa foi crucial para o andamento da partida, pois até muito perto do fim o resultado manter-se-ia tangencial.
A história repetiu-se depois, mas na outra baliza. Grande penalidade mal assinalada por João Ferreira, Cardozo a rematar, e o guarda-redes habitualmente suplente do Rio Ave a defender de forma brilhante. Os deuses pareciam estar loucos.
Ainda antes do intervalo, mais um penálti – desta vez indiscutível -, e mais uma vez Tacuára diante de Mário Felgueiras. O avançado paraguaio fez então aquilo que deveria fazer sempre: disparou fortíssimo sem possibilidade de defesa para o guardião vilacondense. Estava inaugurado o marcador, e diga-se que a vantagem do Benfica já então se justificava, fruto de um domínio exercido em todo o campo, e das situações de perigo criadas.
A segunda parte traria mais do mesmo. Futebol de qualidade, e muito desperdício. Nem faltou mais um penálti falhado, desta vez por David Luíz que incompreensivelmente (sobretudo com o resultado ainda em aberto) foi encarregado da transformação. Devo confessar que senti nesse momento alguns calafrios, pois a velha máxima do futebol (“quem não marca, sofre”) parecia estar a bater à porta.
Após um grande lance de Salvio, novo golo de Cardozo acabou todavia por resolver tudo, colocando um ponto final na discussão do resultado. O Benfica assegurava então, com inteira justiça, o seu lugar nas semi-finais, onde terá pela frente o FC Porto.
Destaques individuais para David Luíz (o penálti desperdiçado não ensombra uma grande exibição, quem sabe de despedida), e para Pablo Aimar. Cardozo acaba também por ficar na história do jogo pelos golos que marcou.
João Ferreira esteve mal, assinalando duas grandes penalidades inexistentes. Sendo uma para cada lado, ambas com o resultado em branco, e ambas falhadas, o juiz setubalense acabou por não ter influência no resultado. Os outros dois penáltis foram claros.
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