
O Benfica estava afastado da Europa do futebol, e não fosse um golo milagroso do Lyon (que ouvi já no carro com alívio), seria esse o seu destino. Seria, direi mesmo, um destino merecido.
A participação do Benfica nesta edição da Champions League foi um fracasso total. Se para a carreira errática no campeonato ainda existem algumas atenuantes, para o desempenho europeu não encontro qualquer explicação convincente - e bem precisava delas. À excepção de 70 minutos na Luz com o Lyon, tudo o resto foi desastroso, e este jogo com o Schalke espelhou bem esse desastre.
Ironicamente acabou por ser Lisandro Lopez, com um golo e uma assistência, a salvar o Benfica, permitindo-lhe entrar, ainda que pela porta dos fundos (será a única equipa portuguesa a não ser cabeça-de-série) na Liga Europa.
Continuo sem perceber o total apagamento de Saviola, que depois de dois jogos assim-assim, voltou à nulidade que tem acompanhado quase toda a sua temporada. David Luiz é outro caso inexplicável. Mas a forma indolente como toda a equipa entrou em campo (numa partida decisiva) – coisa que se tem repetido jogo após jogo – é, para mim, o maior mistério. Poderia eventualmente falar de questões físicas, mas o período menos mau do Benfica ocorreu justamente na ponta final, o que nos afasta dessa equação. Haverá quem não tenha vontade de ganhar? Só lá dentro se saberá. De fora, é o que parece.
Quem não tem muita vontade de acompanhar a equipa são os seus adeptos. O tempo não ajudou, mas, caramba, era um jogo da Champions League, decisivo para permanecer na Europa. Aqueles que ficaram em casa não mereciam pois muito mais do que aquilo que o Benfica lhes deu. Os poucos que lá foram, esses sim, têm razões para dar largas à revolta.
Howard Webb é dos melhores árbitros do mundo. É pena que os auxiliares não estejam à sua altura.
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