
A entrega do troféu relativo ao título nacional, os cânticos entoados aos campeões, e as bancadas mais ou menos repletas, terão dado o mote para um regresso do Benfica àquilo que foi a normalidade da temporada passada.
A vitória era imprescindível. Qualquer outro resultado podia significar o adeus definitivo ao sonho do bi-campeonato, pelo que este jogo trazia associado o dramatismo das grandes ocasiões. E, como tantas vezes aconteceu no último ano, a equipa de Jorge Jesus, perante o desafio, gritou “presente!”.
Se os dois golos de Óscar Cardozo, um em cada uma das partes, fizeram lembrar o jogo da última jornada com o Rio Ave, a atitude global da equipa encarnada, a raça com que abordou os lances de princípio a fim, a capacidade de choque e de luta postas sobre o relvado, trouxeram à memória o Benfica-FC Porto das vésperas do último Natal (o do túnel), quando, também sob pressão, e com a equipa dizimada por ausências importantes, os jogadores do Benfica deixaram a pele em campo para alcançar a vitória que os embalou para a grande conquista.
Foi pois de fato de macaco que o Benfica começou a desenhar a vitória neste dérbi. Foi recorrendo à coragem, à valentia, e até ao orgulho ferido, que a equipa da Luz deu um pontapé na ansiedade com que teve de conviver nos últimos tempos. Foi também, ironicamente, pelos pés de Cardozo que a águia começou a caminhar: depois de três minutos iniciais de domínio sportinguista, uma bola ao poste e, pouco depois, um golo, foram resposta para a qual os leões não mais encontraram argumentação. Coragem e Cardozo, poderiam resumir assim, em duas palavras começadas pela mesma letra, a vitória do Benfica no dérbi.
É importante dizer-se que o Sporting desiludiu. Depois daquela entrada de leão, foi-se percebendo, à medida que os minutos passavam, que seria difícil ao conjunto de Paulo Sérgio escapar a uma saída de sendeiro. A discussão sobre o mérito de uns face ao demérito de outros seria interminável. Mas se o Benfica revelou, neste jogo, e porventura pela primeira vez nesta temporada, alguns dos tópicos futebolísticos que o levaram ao último título, também teremos de dizer que o Sporting não foi uma equipa à altura de um momento em que poderia, caso vencesse, colocar o rival directo fora da corrida pelo primeiro lugar.
Aliás, este Sporting é um caso curioso. Todos se recordam da contestação que na época passada, por esta altura, grassava em Alvalade. Pois olhando para a situação actual da equipa, e comparando-a com a de há um ano, vemos que o Sporting, entrando igualmente com uma vitória fora de casa na fase de grupos da Liga Europa (na altura sobre o Heerenveen da Holanda), tinha então 10 pontos no campeonato, enquanto agora tem apenas 7. Explicação para a diferença de atitude dos adeptos? É simples, agora mantém-se (ainda) à frente do Benfica, enquanto no ano passado estava já a 3 pontos dos encarnados, que na altura iam maravilhando com um futebol de excepção e goleadas em série.
Voltando ao jogo, diga-se que, para além de Cardozo, outro C, o de Coentrão (de regresso ao seu lugar de origem), esteve em grande plano. Creio que para o jogador, e para a sua carreira, talvez fosse preferível mantê-lo como lateral, lugar que o deu a conhecer ao mundo na África do Sul. Mas, pelo contrário, para a equipa, e para o desenho táctico que possa aproximar um Benfica sem Di Maria daquele que, com o extremo argentino, encantou o país durante o último ano, julgo que a colocação de Fábio Coentrão como extremo se torna quase imperativa. Foi pois bastante feliz a opção de Jesus, retirando Gaitán - talentoso mas ainda em fase de crescimento – para cobrir, com Peixoto, as costas do vilacondense, dando a este a liberdade para criar a maioria dos desequilíbrios que abriram a defesa adversária.A vitória era imprescindível. Qualquer outro resultado podia significar o adeus definitivo ao sonho do bi-campeonato, pelo que este jogo trazia associado o dramatismo das grandes ocasiões. E, como tantas vezes aconteceu no último ano, a equipa de Jorge Jesus, perante o desafio, gritou “presente!”.
Se os dois golos de Óscar Cardozo, um em cada uma das partes, fizeram lembrar o jogo da última jornada com o Rio Ave, a atitude global da equipa encarnada, a raça com que abordou os lances de princípio a fim, a capacidade de choque e de luta postas sobre o relvado, trouxeram à memória o Benfica-FC Porto das vésperas do último Natal (o do túnel), quando, também sob pressão, e com a equipa dizimada por ausências importantes, os jogadores do Benfica deixaram a pele em campo para alcançar a vitória que os embalou para a grande conquista.
Foi pois de fato de macaco que o Benfica começou a desenhar a vitória neste dérbi. Foi recorrendo à coragem, à valentia, e até ao orgulho ferido, que a equipa da Luz deu um pontapé na ansiedade com que teve de conviver nos últimos tempos. Foi também, ironicamente, pelos pés de Cardozo que a águia começou a caminhar: depois de três minutos iniciais de domínio sportinguista, uma bola ao poste e, pouco depois, um golo, foram resposta para a qual os leões não mais encontraram argumentação. Coragem e Cardozo, poderiam resumir assim, em duas palavras começadas pela mesma letra, a vitória do Benfica no dérbi.
É importante dizer-se que o Sporting desiludiu. Depois daquela entrada de leão, foi-se percebendo, à medida que os minutos passavam, que seria difícil ao conjunto de Paulo Sérgio escapar a uma saída de sendeiro. A discussão sobre o mérito de uns face ao demérito de outros seria interminável. Mas se o Benfica revelou, neste jogo, e porventura pela primeira vez nesta temporada, alguns dos tópicos futebolísticos que o levaram ao último título, também teremos de dizer que o Sporting não foi uma equipa à altura de um momento em que poderia, caso vencesse, colocar o rival directo fora da corrida pelo primeiro lugar.
Aliás, este Sporting é um caso curioso. Todos se recordam da contestação que na época passada, por esta altura, grassava em Alvalade. Pois olhando para a situação actual da equipa, e comparando-a com a de há um ano, vemos que o Sporting, entrando igualmente com uma vitória fora de casa na fase de grupos da Liga Europa (na altura sobre o Heerenveen da Holanda), tinha então 10 pontos no campeonato, enquanto agora tem apenas 7. Explicação para a diferença de atitude dos adeptos? É simples, agora mantém-se (ainda) à frente do Benfica, enquanto no ano passado estava já a 3 pontos dos encarnados, que na altura iam maravilhando com um futebol de excepção e goleadas em série.

Como balanço diga-se que a vitória do Benfica foi justa e não sofre qualquer contestação. O futuro próximo dirá até que ponto ela pode ser, ou não, o trampolim para uma recuperação classificativa na qual, além de si próprios, os encarnados terão de contar com o desempenho de terceiros.
Carlos Xistra esteve mal, apitando demais, mostrando cartões demais, e prejudicando, sobretudo, o espectáculo. A dada altura da primeira parte pareceu querer inclinar o campo, como outros tão eficazmente fizeram nas últimas semanas. O jogo acabou por não proporcionar “casos” em nenhuma das áreas, o que não deu azo a qualquer influência no resultado final. Mas não há motivo nenhum para pensarmos que os problemas da arbitragem portuguesa tenham ficado diluídos por um dérbi sem grandes polémicas.
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