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A TRISTE HISTÓRIA DE UM FUTEBOL SEM BALIZAS

Written By irvan hidayat on Selasa, 15 Juni 2010 | 09.35

Um empate a zero era, de facto, o único resultado que poderia ter acontecido numa partida particularmente marcada pelo medo e pelo calculismo.
Não se pode dizer que o Portugal-Costa do Marfim tenha fugido à regra deste Mundial - e a FIFA terá de reflectir sobre o caminho que levam este tipo de competições, disputadas em fim de época, com um formato que não favorece o risco, e estimula o total anti-futebol que genericamente se tem observado enquanto não se adormece diante do televisor -, mas quando se passam noventa minutos a trocar a bola, apenas na expectativa de um erro do adversário, dificilmente se podem esperar golos. Foi este o retrato do jogo, e o resultado não poderia ser mais adequado.
Há que dizer que, de entre as duas equipas, foi Portugal ainda assim aquela que menos exagerou na estratégia defensiva. Sobretudo Cristiano Ronaldo, na primeira parte, e Raul Meireles, enquanto esteve em campo, procuraram alguns movimentos de ruptura, mas não tiveram a companhia de mais nenhum jogador da equipa nacional, uns por estarem demasiado amarrados a um modelo de jogo muito conservador (Fábio Coentrão, por exemplo), outros por manifesta desinspiração (como Deco ou Liedson). A pressão dos africanos era intensa assim que Portugal entrava no seu meio-campo, e a cada lance notava-se uma clara assimetria físico-atlética entre os dois conjuntos.
A aposta em Danny foi um fiasco. O jogador do Zenit é efectivamente elegante quando as coisas lhe saem bem, só que ....as coisas raramente lhe saem bem. A verdade é que Simão também pouco ou nada trouxe ao jogo, não conseguindo, com uma exibição pobre, confirmar a ideia de a sua exclusão ter sido um erro. Mas até prova em contrário continuo a achar o luso-venezuelano um jogador de menos para a titularidade na selecção portuguesa.
Os primeiros minutos pareciam trazer-nos uma explosão de Ronaldo. Começou solto, a conseguir criar espaços, e esteve à beira de marcar na melhor jogada do desafio. Com o tempo foi-se limitando a toques artísticos (não faz um passe normal, sem tentar adornar o lance), perdendo toda a eficácia que a sua acção poderia ter. Se a estratégia de Queiroz era não arriscar minimamente e esperar que Ronaldo resolvesse, pode dizer-se que foi neste segundo aspecto que Portugal falhou. E sem um grande Ronaldo, será quase absurdo esperar um grande Mundial para a nossa selecção.
A segunda parte foi ligeiramente mais aberta, mas a escassez de lances junto das balizas manteve-se quase até final. Ficou sempre a sensação que este era um resultado relativamente aprazível para ambas as equipas, e que só um lance de génio poderia ditar outro destino ao jogo. Esse lance não apareceu.
O empate deixa tudo em aberto, quase como se a primeira jornada não tivesse existido. Veremos se a segunda ronda nos permite conquistar a vantagem que é lícito esperar de um confronto com a Coreia do Norte.
Individualmente Raul Meireles e Fábio Coentrão foram os mais regulares. Paulo Ferreira, Danny, Deco e Liedson os mais apagados.
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