O MENTOR:
Quando, na sequência da sua retumbante vitória eleitoral, disse que este mandato seria dedicado à vertente desportiva, houve talvez quem não acreditasse.
O que é facto é que, mesmo sem Liga dos Campeões, mesmo sem venda de jogadores, o Benfica surgiu fortíssimo no mercado, conseguindo, fruto de uma gestão inovadora e corajosa, construir um plantel como há muito tempo não se via. Se foi um risco, há que dizer que resultou em petisco.
A escolha do treinador, da sua responsabilidade pessoal, foi o golpe certeiro que restava para que o Benfica dispusesse, enfim, de todas as condições para se tornar campeão.
Este título tem pois o seu dedo, e a sua marca. Se apenas faltavam sucessos desportivos para colorir a sua presidência, ora aí estão eles.
O OBREIRO:
O que mais impressiona em Jorge Jesus é a tremenda confiança que consegue transmitir a todos (equipa e adeptos). Exemplo disso foi a afirmação, categórica, de que iria ser campeão nacional, e que, com ele, os jogadores do Benfica renderiam o dobro. Disse-o na conferência de imprensa de apresentação, e não foi preciso esperar muito tempo para se perceber que falava a sério.
Soube organizar rapidamente a equipa, dotá-la de um modelo de jogo, construir um onze-base (que depois se foi abrindo a mais dois ou três jogadores), e pô-la a praticar um futebol espectacular. Tudo o que Quique Flores não conseguira.
Recuperou jogadores caídos na apatia (Aimar, Carlos Martins), fez explodir jovens talentos (Di Maria, David Luíz), e até de nomes improváveis como Weldon conseguiu extrair futebol e golos.
Com uma pré-época impressionante (já nem me lembro da quantidade de troféus conquistados), este seu Benfica impôs-se com grande rapidez e autoridade, deixando antever, desde logo, grandes conquistas. O título acabou por ser o corolário natural de todo um processo quase perfeito.
A FIGURA:
A escolha é difícil. A época foi longa, e com distintos e variados protagonismos (Ramires nas primeiras jornadas, Saviola a meio do campeonato, David Luíz em muitas ocasiões, os golos de Cardozo etc).
Mas se atendermos à preponderância na equipa, à regularidade exibicional ao longo de todos estes meses, e aos momentos singulares de classe proporcionados, creio que não será errado considerar Di Maria como a figura cimeira deste Benfica e, consequentemente, do campeonato.
Em grande parte dos jogos foi um autêntico diabo à solta, que nenhuma defesa conseguia segurar.
Confesso que cheguei a duvidar da sua capacidade, mas esta época mostrou finalmente o nível que o seu talento anunciava. Infelizmente, é já jogador demais para o futebol português. Poderá em breve tornar-se num dos quatro ou cinco melhores do mundo.
O MOMENTO:
Uns referem o jogo com o Sp.Braga, outros a vitória sobre o FC Porto na primeira volta, Jorge Jesus falou também do difícil triunfo na Choupana. Todos esses foram naturalmente momentos chave da prova, até porque, nos dois primeiros casos, estávamos perante confrontos directos que poderiam ter alterado substancialmente o rumo dos acontecimentos.
Embora tenha acreditado neste Benfica desde os jogos da pré-temporada (e escrevi-o aqui na altura, chamando a atenção para a grande equipa que se estava a formar), houve contudo uma jornada a partir da qual passei a ter a convicção plena que este seria mesmo o ano da águia. Falo do fim-de-semana em que, vencendo em casa o Paços de Ferreira, os encarnados viram o Sp.Braga empatar no Bonfim, passando assim para uma distância de 3 pontos, e o FC Porto empatar em casa com o Olhanense, ficando a 11 pontos e praticamente fora da corrida pelo primeiro lugar.
Foi aí o meu clique do título. Até aí, ganhar o campeonato seria um sonho, a partir daí, perdê-lo seria uma tremenda desilusão.

O que é facto é que, mesmo sem Liga dos Campeões, mesmo sem venda de jogadores, o Benfica surgiu fortíssimo no mercado, conseguindo, fruto de uma gestão inovadora e corajosa, construir um plantel como há muito tempo não se via. Se foi um risco, há que dizer que resultou em petisco.
A escolha do treinador, da sua responsabilidade pessoal, foi o golpe certeiro que restava para que o Benfica dispusesse, enfim, de todas as condições para se tornar campeão.
Este título tem pois o seu dedo, e a sua marca. Se apenas faltavam sucessos desportivos para colorir a sua presidência, ora aí estão eles.
O OBREIRO:

Soube organizar rapidamente a equipa, dotá-la de um modelo de jogo, construir um onze-base (que depois se foi abrindo a mais dois ou três jogadores), e pô-la a praticar um futebol espectacular. Tudo o que Quique Flores não conseguira.
Recuperou jogadores caídos na apatia (Aimar, Carlos Martins), fez explodir jovens talentos (Di Maria, David Luíz), e até de nomes improváveis como Weldon conseguiu extrair futebol e golos.
Com uma pré-época impressionante (já nem me lembro da quantidade de troféus conquistados), este seu Benfica impôs-se com grande rapidez e autoridade, deixando antever, desde logo, grandes conquistas. O título acabou por ser o corolário natural de todo um processo quase perfeito.
A FIGURA:

Mas se atendermos à preponderância na equipa, à regularidade exibicional ao longo de todos estes meses, e aos momentos singulares de classe proporcionados, creio que não será errado considerar Di Maria como a figura cimeira deste Benfica e, consequentemente, do campeonato.
Em grande parte dos jogos foi um autêntico diabo à solta, que nenhuma defesa conseguia segurar.
Confesso que cheguei a duvidar da sua capacidade, mas esta época mostrou finalmente o nível que o seu talento anunciava. Infelizmente, é já jogador demais para o futebol português. Poderá em breve tornar-se num dos quatro ou cinco melhores do mundo.
O MOMENTO:

Embora tenha acreditado neste Benfica desde os jogos da pré-temporada (e escrevi-o aqui na altura, chamando a atenção para a grande equipa que se estava a formar), houve contudo uma jornada a partir da qual passei a ter a convicção plena que este seria mesmo o ano da águia. Falo do fim-de-semana em que, vencendo em casa o Paços de Ferreira, os encarnados viram o Sp.Braga empatar no Bonfim, passando assim para uma distância de 3 pontos, e o FC Porto empatar em casa com o Olhanense, ficando a 11 pontos e praticamente fora da corrida pelo primeiro lugar.
Foi aí o meu clique do título. Até aí, ganhar o campeonato seria um sonho, a partir daí, perdê-lo seria uma tremenda desilusão.
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