
Esta podia ser uma frase dita por um dos guarda-redes do clube da Luz, numa qualquer conferência de imprensa tão inflamada quanto saloia. Não o foi.
O Benfica 2009-2010 tem falado sobretudo dentro do campo, e foi aí que voltou a fazer ouvir bem alto a voz do seu espírito de conquista. Desta vez, um misto de titulares e suplentes foi suficiente para golear o FC Porto, e conquistar a segunda Taça da Liga consecutiva.
A superioridade encarnada foi absoluta, e manifestou-se em todos os capítulos do jogo. A vitória acabou por se tornar bastante fácil e tranquila, podendo até ter sido mais expressiva, o que revela bem a gritante diferença de qualidade entre os dois conjuntos – sobretudo se olharmos à globalidade dos respectivos plantéis. Airton foi dos melhores em campo, e ninguém deu pela falta de Javi Garcia; Alan Kardec fez um excelente jogo, ocupando com qualidade a posição de Óscar Cardozo; Ruben Amorim e Carlos Martins só não são titulares absolutos porque fazem parte de um plantel vasto e brilhante, onde figuras de renome mundial como Ramires ou Pablo Aimar os remetem frequentemente para o banco. Um luxo!
Mas não é só de nomes sonantes que se faz esta maravilhosa equipa do Benfica. A organização colectiva implementada por Jorge Jesus é notável, a pressão do meio-campo encarnado asfixia completamente os adversários, e a criatividade dos seus movimentos ofensivos reduz à vulgaridade qualquer defesa. Os resultados são pois o espelho fidedigno de um super-futebol, que encanta os espectadores, prestigia a modalidade e perturba os adversários.
Todavia, nem tudo foi festa nesta final. Árbitro, jogadores e adeptos do FC Porto deixaram a sua marca, representando afinal de contas, cada qual à sua maneira, aquilo que o futebol português tem de pior.
A arbitragem foi altamente tendenciosa, deixando cair a máscara a um juiz medíocre e ferozmente anti-benfiquista. Jorge Sousa inclinou o campo, tudo fazendo para empurrar a bola para as imediações da baliza de Quim, com faltas mal assinaladas e outras por assinalar, cujo critério parecia ser apenas a cor das camisolas dos protagonistas. Mesmo sem penáltis ou golos anulados (não houve ocasiões para tal), mostrou porque é que com ele a apitar o Benfica encontra sempre tantas dificuldades para vencer os jogos. Desta vez não conseguiu os seus intentos, mas penso que deixou matéria suficiente para os dirigentes do Benfica ponderarem uma tomada de posição sobre o assunto.
Os adeptos do FC Porto fizeram aquilo que deles sempre se espera: ódio, provocação, violência, destruição e banditismo. A mim não me surpreenderam as ocorrências verificadas durante a tarde, e logo que a equipa azul-e-branca se apurou para esta final escrevi aqui, como se recordam, que ela ficaria, com isso, transformada numa guerra. Aquela gente não sabe viver de outra forma, e quando o futebol serve de instrumento para descarregar complexos de inferioridade regionalistas, o resultado dificilmente pode ser outro. Culpados? Sobretudo um: o homem que trouxe o ódio para o futebol português, e que se chama Jorge Nuno Pinto da Costa.
É importante, aliás, que esta temporada, e o que dela resultar, possa fazer finalmente perder o medo a uma comunicação social dócil, politicamente correcta, e que compactua, por omissão, com esta realidade. Este FC Porto, o FC Porto de Pinto da Costa, tem definitivamente de passar a ser tratado conforme merece, e como aquilo que verdadeiramente é: um cancro a banir do desporto português, na mesma medida em que, salvaguardando as óbvias distâncias, a pedofilia ou a droga o são para a sociedade em geral. Chamar-me-ão radical, mas creio que um dia mais tarde, talvez com o desaparecimento do actual presidente portista, a história conduzirá necessariamente a conclusões como esta. Pena que com trinta anos de atraso.
Alguns jogadores reflectem em campo tudo o que acabei de escrever. Depois de Hulk, Sapunaru e Fernando na Luz, o comportamento deplorável de Bruno Alves (e também, num dado momento, de Cristian Rodriguez) ao longo de todo este jogo, demonstra o nervosismo de um clube à deriva, o mau perder tradicional naquele emblema, levanta suspeitas sobre as origens biológicas (ou farmacéuticas) de tanta agressividade, e revela uma cultura que é preciso combater de forma impiedosa. Já que árbitros como Jorge Sousa não actuam, só uma atitude firme como o afastamento do defesa-central da selecção nacional poderia servir de exemplo, e fechar a porta a maneiras de estar que nada têm a ver com o desporto. Como é possível esperar que o povo português se una no próximo mês de Junho em torno de figuras como aquela? Não será melhor prescindir do valor desportivo do atleta, para com isso conquistar o valor cívico de uma representação nacional prestigiante e digna do apoio de todos os portugueses? Fica a reflexão, sabendo no entanto que com Carlos Queiroz a porcaria dificilmente será alguma vez varrida.
Mas, enfim, a hora é de festejar. O primeiro título oficial da temporada faz justiça à melhor equipa portuguesa. A saga benfiquista continua, em nome do clube, em nome do futebol, em nome do país.
O Benfica 2009-2010 tem falado sobretudo dentro do campo, e foi aí que voltou a fazer ouvir bem alto a voz do seu espírito de conquista. Desta vez, um misto de titulares e suplentes foi suficiente para golear o FC Porto, e conquistar a segunda Taça da Liga consecutiva.
A superioridade encarnada foi absoluta, e manifestou-se em todos os capítulos do jogo. A vitória acabou por se tornar bastante fácil e tranquila, podendo até ter sido mais expressiva, o que revela bem a gritante diferença de qualidade entre os dois conjuntos – sobretudo se olharmos à globalidade dos respectivos plantéis. Airton foi dos melhores em campo, e ninguém deu pela falta de Javi Garcia; Alan Kardec fez um excelente jogo, ocupando com qualidade a posição de Óscar Cardozo; Ruben Amorim e Carlos Martins só não são titulares absolutos porque fazem parte de um plantel vasto e brilhante, onde figuras de renome mundial como Ramires ou Pablo Aimar os remetem frequentemente para o banco. Um luxo!
Mas não é só de nomes sonantes que se faz esta maravilhosa equipa do Benfica. A organização colectiva implementada por Jorge Jesus é notável, a pressão do meio-campo encarnado asfixia completamente os adversários, e a criatividade dos seus movimentos ofensivos reduz à vulgaridade qualquer defesa. Os resultados são pois o espelho fidedigno de um super-futebol, que encanta os espectadores, prestigia a modalidade e perturba os adversários.

A arbitragem foi altamente tendenciosa, deixando cair a máscara a um juiz medíocre e ferozmente anti-benfiquista. Jorge Sousa inclinou o campo, tudo fazendo para empurrar a bola para as imediações da baliza de Quim, com faltas mal assinaladas e outras por assinalar, cujo critério parecia ser apenas a cor das camisolas dos protagonistas. Mesmo sem penáltis ou golos anulados (não houve ocasiões para tal), mostrou porque é que com ele a apitar o Benfica encontra sempre tantas dificuldades para vencer os jogos. Desta vez não conseguiu os seus intentos, mas penso que deixou matéria suficiente para os dirigentes do Benfica ponderarem uma tomada de posição sobre o assunto.
Os adeptos do FC Porto fizeram aquilo que deles sempre se espera: ódio, provocação, violência, destruição e banditismo. A mim não me surpreenderam as ocorrências verificadas durante a tarde, e logo que a equipa azul-e-branca se apurou para esta final escrevi aqui, como se recordam, que ela ficaria, com isso, transformada numa guerra. Aquela gente não sabe viver de outra forma, e quando o futebol serve de instrumento para descarregar complexos de inferioridade regionalistas, o resultado dificilmente pode ser outro. Culpados? Sobretudo um: o homem que trouxe o ódio para o futebol português, e que se chama Jorge Nuno Pinto da Costa.
É importante, aliás, que esta temporada, e o que dela resultar, possa fazer finalmente perder o medo a uma comunicação social dócil, politicamente correcta, e que compactua, por omissão, com esta realidade. Este FC Porto, o FC Porto de Pinto da Costa, tem definitivamente de passar a ser tratado conforme merece, e como aquilo que verdadeiramente é: um cancro a banir do desporto português, na mesma medida em que, salvaguardando as óbvias distâncias, a pedofilia ou a droga o são para a sociedade em geral. Chamar-me-ão radical, mas creio que um dia mais tarde, talvez com o desaparecimento do actual presidente portista, a história conduzirá necessariamente a conclusões como esta. Pena que com trinta anos de atraso.
Alguns jogadores reflectem em campo tudo o que acabei de escrever. Depois de Hulk, Sapunaru e Fernando na Luz, o comportamento deplorável de Bruno Alves (e também, num dado momento, de Cristian Rodriguez) ao longo de todo este jogo, demonstra o nervosismo de um clube à deriva, o mau perder tradicional naquele emblema, levanta suspeitas sobre as origens biológicas (ou farmacéuticas) de tanta agressividade, e revela uma cultura que é preciso combater de forma impiedosa. Já que árbitros como Jorge Sousa não actuam, só uma atitude firme como o afastamento do defesa-central da selecção nacional poderia servir de exemplo, e fechar a porta a maneiras de estar que nada têm a ver com o desporto. Como é possível esperar que o povo português se una no próximo mês de Junho em torno de figuras como aquela? Não será melhor prescindir do valor desportivo do atleta, para com isso conquistar o valor cívico de uma representação nacional prestigiante e digna do apoio de todos os portugueses? Fica a reflexão, sabendo no entanto que com Carlos Queiroz a porcaria dificilmente será alguma vez varrida.

Sábado há mais, e, cansaço à parte, subscrevo a opinião de Sílvio Cervan: começo também eu a ter pena é do Benfica não jogar todos os dias.
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