
Não se podem dissociar as facilidades encontradas pela equipa de Jesus, do golo obtido muito cedo, logo aos 9 minutos, após fantástico lance de Saviola concluído por Cardozo de cabeça. Sempre que o Benfica marcou cedo venceu, e muitas vezes goleou. A maioria das equipas que se deslocam à Luz fazem-no para defender e evitar sofrer golos, e quando se vêm em desvantagem ficam sem saber como lidar com o jogo, pois, com espaço para jogar, este Benfica é de facto muito difícil de travar.
O União de Leiria viu-se assim, logo na alvorada do jogo, forçado a hesitar entre, por um lado, responder ao golo encarnado estendendo mais a sua equipa e procurando abertamente o empate, e por outro, manter-se resguardada a aguardar um golpe de fortuna. Parecendo sempre pender mais para a segunda hipótese, a verdade é que acabou por não fazer bem, nem uma coisa, nem outra, deixando o Benfica nas suas sete quintas, e a jogar como gosta. Mesmo sem forçar o andamento, os encarnados foram atacando e criando oportunidades (Luisão, Cardozo, Di Maria…) e só não marcaram mais vezes por obra da excelente exibição do mais tarde desafortunado guarda-redes leiriense. Ao intervalo o resultado era lisonjeiro para a equipa de Lito Vidigal, ainda que o Benfica nem sequer se aproximasse dos níveis de fluidez e velocidade do jogo anterior.

Por falar nela, diga-se que, um penálti por assinalar (mão na área com o resultado ainda em 1-0), e dois foras-de-jogo ignobilmente assinalados (num deles Cardozo com isolado à entrada da área), são motivo suficiente para criticar a arbitragem. Também na distribuição dos cartões não houve muito critério, confirmando-se a falta de qualidade de um juiz sem nível para o escalão maior.
E assim o Benfica chegou ao primeiro lugar. Aritmeticamente é provisório, mas acredito vivamente que não voltemos a ver, até final da temporada, uma classificação da Liga Sagres com outro emblema na frente. É um desejo, mas também um palpite.
0 komentar:
Posting Komentar