Não deixa de ser curioso (e lamentável) o rodopio de almas indignadas com a publicação das escutas, como se esse “crime” fosse mais importante do que aqueles que elas comprovam e que justificam a sua própria existência.Ocultar, esconder, garantir, evitar, adiar, suspender, retirar, diluir, recorrer, anular. São estes os verbos mais conjugados pela putrefacta ordem jurídica e penal portuguesa, e seus excelsos defensores. São estas as palavras mágicas que salvam criminosos e corruptos, e enchem de dinheiro advogados expeditos.
Que interessa o conteúdo das escutas? Que interessa o que elas evidenciam ao país? A esta gente só parece preocupar como foi possível que nós, pobres cidadãos, tomássemos conhecimento delas.
É esta estranha filosofia feita à medida, que confunde a lateralidade das formas com a centralidade dos conteúdos, que permite a Fátima Felgueiras, Isaltino Morais, Valentim Loureiro, Pinto da Costa, Dias Loureiro e Armando Vara andarem por aí, a rir-se de todos nós.
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